domingo, 20 de setembro de 2009

A quantidade certa de ácido fólico durante a gravidez

Toda mulher em idade fértil deve consumir doses generosas de suas fontes, em vez de se entupir de ácido fólico só ao descobrir que está grávida. “É importante que os níveis de folato sejam satisfatórios desde a fecundação, quando as células do embrião começam a se multiplicar”, observa o ginecologista e obstetra Rubens Gonçalves, do Hospital e Maternidade São Luiz, na capital paulista. Afinal, o nutriente tem um papel fundamental na divisão celular. Celso Cukier, nutrólogo do Instituto de Metabolismo e Nutrição, em São Paulo, conta que o ideal é iniciar a ingestão de 400 microgramas do nutriente por dia cerca de dois meses antes da concepção do bebê. “Caso isso não tenha sido feito, é importante iniciar a dosagem de vitamina assim que receber a notícia de gravidez”, enfatiza.

Quanto mais tarde a quantidade certa de folato entrar no organismo, menor sua eficiência para evitar malformações por trás de problemas mentais e paralisia. A gestante não pode abandonar o ácido fólico no primeiro trimestre da gestação, fase em que o sistema nervoso do bebê está em desenvolvimento. Mas o que acontece com aquelas que descobrem a gravidez depois disso? “Vale fazer uso da vitamina mesmo tardiamente. Embora o resultado não seja o mesmo”, diz o especialista.Uma pesquisa recente da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, mostrou ainda a eficiência do ácido fólico contra o parto prematuro. Foram estudadas 35 mil mães, que começaram a tomar o suplemento um ano antes da concepção.

“Há diversos estudos que falam sobre a necessidade de suplementação antes, durante ou depois da gravidez. Em minha opinião, a pesquisa americana abre espaço para analisarmos se a ingestão da vitamina deve ser mantida por toda a gravidez”, diz Celso. Tomar ou não suplemento?“Pílulas de folato só devem ser consumidas depois de uma rigorosa avaliação”, opina a nutricionista Márcia Vítolo, da Universidade Vale do Sinos, no Rio Grande do Sul. O nutrólogo Celso Cukier concorda: “Apenas o médico pode dizer se a alimentação da gestante atende às suas necessidades da vitamina”. Segundo o médico, no entanto, a dieta das mulheres dos grandes centros urbanos costuma ser muito pobre nesse nutriente, o que faz a ingestão de comprimidos ser comum.

Especialista em alimentação na gravidez, a ginecologista americana Hope Ricciotti ressalta que é difícil chegar aos 400 microgramas diários de ácido fólico exigidos no período apenas com a alimentação. O mais indicado para saber se você deve ou não tomar a vitamina em cápsulas é consultar o seu médico. Aqui vale a regra: o excesso também faz mal.

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